Continuando as atividades do BLOG DO OMAR, entrevistamos o 1º DeMolay Ativo, outra "grande revelação" como LIDERANÇA, que o Brasil todo conheceu e agora certamente também admira.

Comunico-lhes ainda que mudamos a frequência com que faríamos as entrevistas, atendendo a pedido dos nossos próprios Leitores, ao invés de as fazermos mensalmente, faremos SEMANALMENTE.

O nosso convidado desta semana é o MESTRE CONSELHEIRO ESTADUAL DE SANTA CATARINA 2008-2009, do GRANDE CONSELHO ESTADUAL DE SANTA CATARINA, DeMolay Ativo, Irmão, Companheiro VICTOR LEDUC MACHADO, vejam suas opiniões, suas idéias e pensamentos:

"O momento que mais marcou minha trajetória como DeMolay foi a Cerimônia de Enceramento do I CONAMESCO-SC, pelo fato de ter sido o ápice da concretização de um sonho que eu e muitos outros Irmãos compartilhamos".

1) Gostaríamos que você começasse apresentando aos nossos Leitores, os que já o conhecem mas não sabem detalhes e principalmente os que não o conhecem o seu PERFIL COMPLETO: nome, onde nasceu, quando, definições, idéias, enfim como já dissemos, o seu perfil mesmo...

R – VICTOR LEDUC MACHADO, nascido em Blumenau/SC, em 15/12/1988.
É complicado falar de si, mas tentarei em poucas palavras exprimir o pensamento de dois grupos de pessoas, os que me conhecem bem e os que me conhecem superficialmente.
Alguns indivíduos com quem não tenho relação sólida me acham arrogante, prepotente, intolerante e arbitrário. Meus amigos e Irmãos mais próximos sabem que sempre que alguém toma decisões difíceis pelo bem da instituição, é criticado e arruma inimizades. Não obstante, jamais fui chamado de incompetente e covarde.
Ocorre que aquele que batalha pelo bem da Ordem, tomando decisões e defendendo posicionamentos, sempre pensando no coletivo, doa a quem doer, pode ser considerado herói por alguns e vilão por outros.

2) Conte-nos também quais são os seus objetivos na vida PROFISSIONAL: o curso e a faculdade em que você estuda, objetivos na vida profana, etc.

R – Atualmente, curso a 5ª fase de Direito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Faço estágio voluntário no Ministério Público Estadual, mais precisamente na Promotoria de Execuções Penais da Comarca da Capital.
Confesso que minha opção pela graduação em Direito se deve em grande parte a minhas experiências dentro da Ordem DeMolay. Foram através de vivências Capitulares que descobri certas aptidões, e vi nascerem dentro de mim anseios de mudança da sociedade, e principalmente, esperança no futuro.
Depois de formado quero atuar na área jurídica, mas também me dedicar ao estudo e desenvolvimento profissional no ramo da administração pública.

3) Quando e onde foi o seu primeiro contato e como se deu a sua iniciação na Ordem DeMolay?

R – Não tenho pai, tio, ou avô maçom, e talvez por esta razão nunca tivesse ouvido falar na Ordem DeMolay, até que no início do ano de 2003 um colega de sala do colégio, com quem conversava com certa freqüência, veio até mim e me fez o convite.
Este Irmão, com o qual estudei no Ensino Fundamental e Médio, se chama Arthur Eduardo Becker Lins, uma pessoa pela qual tenho profunda estima e admiração. Para defini-lo em poucas palavras, basta dizer que é um DeMolay de verdade, com o qual tive o prazer de trabalhar lado a lado na administração Capitular, e na administração do Gabinete Estadual de Santa Catarina, na gestão 2007/2008.
Após participar de uma Cerimônia Pública de Apresentação Ordem, iniciei nas fileiras do Capítulo Luiz Zaguini nº 151, no dia 24/05/2003.


4) E como foi a decisão e a oportunidade para tornar-se candidato e posteriormente o MCE/SC?

R – Após ter ocupado a função de Mestre Conselheiro de meu Capítulo no segundo semestre do ano de 2006, e no primeiro semestre de 2007 (de maio a julho), unindo o desejo de mudança na forma de condução dos trabalhos da Ordem em Santa Catarina e o grande apoio dos meus Irmãos mais próximos, lancei minha candidatura ao cargo de Mestre Conselheiro Regional – Norte gestão 2007/2008.
Trabalhamos muito no sentido da padronização dos trabalhos da Ordem no estado e de um contato direto com nossas bases. Neste período trabalhei ao lado de pessoas fantásticas, como os Irmãos Arthur Lins, Stéfano Barancelli, Bruno Albuquerque, e do grande Tio Anselmo Jevaux, dentre outros.
Quando foi aberto o prazo de candidaturas para a gestão 2008/2009 do Gabinete Estadual, os então Mestres Conselheiros Regionais se reuniram e decidiram que o candidato a sucessão sairia de dentro da estrutura e seria apoiado por todos os demais. Foi por este meio que, eu e o Irmão Álvaro Casarotto, lançamos nossas candidaturas a Mestre Conselheiro Estadual e Mestre Conselheiro Estadual Adjunto, respectivamente.
Na ocasião do III Congresso Estadual da Ordem DeMolay para Santa Catarina, fomos eleitos por aclamação pela Assembléia Geral, e o atual Gabinete foi composto. Vale ressaltar a imensa alegria que senti, por ter este evento sido realizado pelo Capítulo em que iniciei, me dando a oportunidade de tomar posse como Mestre Conselheiro Estadual “em casa”, na presença de meus familiares e outras tantas pessoas queridas.

5) Quais foram as maiores facilidades e as maiores dificuldades que você encontrou durante o seu mandato?

R – No âmbito interno, sempre dispusemos de muito apoio por parte de nossos Irmãos e da grande maioria dos Tios, na concretização dos novos projetos que trouxemos como propostas de gestão. Ao mesmo tempo, esbarramos em alguns maçons retrógrados que preferem lideranças DeMolay menos atuantes, pois não reconhecem seu real valor representativo, muito menos sua autoridade dentro de nossa instituição. Entretanto, creio que, através do trabalho incessante, conseguimos elevar o Gabinete Estadual a posição de destaque devida, atrelando ao seu nome, principalmente, credibilidade.
Em termos de relações com outros estados, nossa maior dificuldade foi a posição de certo isolamento que Santa Catarina vinha assumindo no período que antecedeu nossa posse, o que nos fazia perder grandes oportunidades de troca de conhecimento e experiências com outras unidades da Federação. Contudo, investimos muito na retomada de contato com os demais Gabinetes Estaduais e Grandes Conselhos Estaduais, atividade em que obtivemos bastante êxito, devido especialmente a cortesia e companheirismo de todos os nossos Irmãos e Tios pelo Brasil.

6) O que você classifica como a MAIOR CONQUISTA da sua gestão?

R – Foram muitas as propostas que tiramos do papel e transformamos em realidade, dentre as quais posso citar: os calendários integrados, a elaboração da identidade visual do Gabinete Estadual, a consolidação das relações externas com os demais Gabinetes Estaduais, e a confecção do Guia de Estudo Básico DeMolay. Mas devo confessar que duas me são caras em especial: o trabalho de conscientização que fizemos com os Capítulos no sentido da importância do efetivo cumprimento de nossas legislações e rituais; e por último, mas sem dúvida alguma não menos importante, muito pelo contrário, a realização do I Conselho de Aprimoramento de Mestres Conselheiros de Santa Catarina (I CONAMESCO-SC).

7) Como foi a decisão de tornar-se Candidato a MCN-ADJ na última eleição do SCODRFB e como fez a escolha da chapa pela qual disputaria?

R – Passados já mais de 6 anos de minha Iniciação na Ordem DeMolay, e após tanto aprender com seus ensinamentos e com as experiências que esta maravilhosa instituição nos proporciona, os sentimentos que mais me motivam a continuar dispondo de grande parte de meu tempo por esta obra são amor e, principalmente, gratidão.
Quando fomos convidados para compor chapa por ambos os candidatos a Mestre Conselheiro Nacional já manifestos, Irmãos José Torres Neto e Lucyan Rezende, foram os dois sentimentos citados anteriormente, unidos a uma imensa vontade de contribuir com a Ordem DeMolay a nível nacional, que falaram mais alto, e nos fizeram aceitar tomar parte neste pleito.
A opção pela chapa do Irmão Lucyan Rezende se deveu a uma maior compatibilidade de propostas e perfis, não somente do próprio Lucyan, mas igualmente de muitos dos seus apoiadores.

8) Falando ainda da Eleição 2009 do GABINETE NACIONAL e ciente de que este BLOG não deixa de fazer as perguntas, mesmo as de respostas “mais complicadas” de serem explicitadas, houveram muitas especulações durante o período eleitoral, com bastidores quentes, como é até normal em eleições onde não seja chapa única. Sendo assim, faça para nós 1 resumo geral do processo, aquilo que você mais gostou, o que menos gostou de ter vivido, aquilo com que mais aprendeste e a que conclusão final você chegou com relação a este assunto.

R – Todas as etapas do processo eleitoral que vivi, desde a decisão de ser candidato a Mestre Conselheiro Nacional Adjunto até a contagem dos votos, foram de alguma forma um aprendizado.
Acredito que deva haver exercício da política dentro da Ordem, uma política pura, calcada nos Sete Princípios que devem nortear nossas condutas. Precisamos exercitar internamente aquilo que um dia poderemos empregar fora de nossas Salas Capitulares. É nosso dever levar ao mundo profano, através de nossos pensamentos, palavras e ações, os ensinamentos da Ordem DeMolay, podendo dar também no futuro aos cidadãos brasileiros exemplo de como se fazer política de maneira ética e responsável.
Não vou negar que no decorrer do processo chegaram até nossa chapa algumas histórias que não admitimos que pudessem ocorrer dentro de uma instituição como a nossa, contudo como não há provas do ocorrido demos a estes Irmãos e Tios o benefício da dúvida.
Durante o processo eleitoral optei em não colocar em risco o sucesso dos trabalhos da Ordem em meu estado para me dedicar à campanha. Não me arrependo desta opção, e mesmo o resultado das urnas não tendo nos elegido, estaremos sempre dispostos a auxiliar nosso Mestre Conselheiro Nacional nas atividades que visem o engrandecimento da Ordem no Brasil.


9) Queremos saber agora, um pouco mais sobre como funciona a Estrutura do GRANDE CONSELHO ESTADUAL DE SC: Quantos Capítulos Filiados? Quantos Irmãos DeMolays? Quantos Priorados? Qual o perfil Administrativo e Financeiro? Quais suas Peculiaridades? É claro que tudo isso de maneira bem sintetizada...

R – Trabalhamos atualmente com 18 Capítulos, que funcionam com uma média de 25 membros ativos cada, contando também com 5 Priorados, e 2 Cortes Chevaliers. Vale ressaltar que desde a fundação de nosso Grande Conselho Estadual, datada de 2005, fundamos, com exceção do ano de 2006, um novo Capítulo a cada ano: Capítulo Concórdia nº 711, instalado em 2007; Capítulo Vale das Acácias nº 736, instalado em 2008; e Capítulo Orleans nº 747, recém instalado no dia 19 de setembro de 2009.
As taxas de regularização anual em nosso estado são cobradas por DeMolay, mas no que toca a questão financeira, não dispomos de uma porcentagem fixa da arrecadação destinada especificamente ao funcionamento do Gabinete Estadual.



10) Outra “bola dividida”: como é o relacionamento entre Supremos Conselhos no Estado de Santa Catarina? Existe algum tipo de convivência? E entre os Capítulos, existe?

R – Como dito anteriormente temos em Santa Catarina 18 Capítulos filiados ao Grande Conselho Estadual, porém ainda existem outros 17 Capítulos que não estão conosco, ou seja, permanecem vinculados ao Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil (SCODB).
Há alguns anos atrás tivemos embates inclusive jurídicos com o SCODB, quando este tentou impedir a realização de nosso I Congresso Estadual da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no ano de 2006. Abordando este assunto, não posso deixar de manifestar os agradecimentos que toda a Ordem DeMolay catarinense deve ao primeiro Capítulo de nosso estado, o Capítulo Joinville nº 49, por ter enfrentado bravamente aquela batalha e realizado com maestria o I CEOD-SC.
Devido a estes acontecimentos e ao respeito que temos pela legalidade e pelos Irmãos e Tios que por ela lutaram em um passado não muito distante, nosso Grande Conselho Estadual não permite relação institucional entre nossa organização e Capítulos atrelados ao SCODB, não proibindo, no entanto, que nossos DeMolays visitem Capítulos não filiados e vice-versa.


11) Qual é a sua MAIOR expectativa para o Congresso Estadual 2009 de SC? Haverá alguma surpresa direcionada aos Capítulos? Aos DeMolays? Como é a participação dos Tios, Tias e Filhas de Jó, no Evento como um todo?

R – O Capítulo Chapecó nº 252, com o auxílio do Gabinete Estadual de Santa Catarina, vem organizando o evento que esperamos ser o maior Congresso Estadual de nossa história, superando os 300 participantes que tivemos ano passado na cidade de Balneário Comburiu.
Além das palestras e reuniões administrativas que tradicionalmente ocorrem, irão acontecer atividades destinadas especificamente aos participantes membros da Ordem da Cavalaria, e também um saudável campeonato de truco. Teremos a participação de muitos Tios e Tias no desenvolvimento das atividades do evento, da área das palestras a área gastronômica.
Aproveito a oportunidade para parabenizar a organização do evento pelo trabalho que vem desempenhando, nas pessoas do Tio Ademar de Assis Frutuoso Presidente do Conselho Consultivo do Capítulo Chapecó, e os Irmãos Guilherme Signore Mestre Conselheiro do Capítulo, e Matheus Gazola Presidente da Comissão Organizadora.

12) Qual foi o momento que mais MARCOU, toda sua trajetória como DeMolay? E fale-nos dos seus maiores Companheiros durante toda esta difícil jornada de ser MCE.

R – É indiscutível que momentos como a nossa Iniciação, Elevação e até mesmo a posse como Mestre Conselheiro Estadual são inesquecíveis, porém o momento que mais marcou minha trajetória como DeMolay foi a Cerimônia de Enceramento do I CONAMESCO-SC, pelo fato de ter sido o ápice da concretização de um sonho que eu e muitos outros Irmãos compartilhamos. A sensação de dever cumprido foi inigualável, e tenho certeza que liderar o processo que realizou este evento em solo catarinense pela primeira vez foi uma das maiores, senão a maior contribuição que pude dar a nossa Ordem como DeMolay Ativo em retribuição a tudo que ela já me proporcionou.
Citar o nome das pessoas que tornaram tudo possível é sempre uma tarefa cruel, pois tememos ser injustos ao deixar alguém merecedor de fora, mas mesmo assim tentarei concluir esta tarefa.
Agradeço ao Irmão PMCE Arthur Lins pela oportunidade de fazer parte desta fraternidade e pelos sempre serenos conselhos; ao Irmão Tesoureiro Estadual Danilo Escobar pela parceria em todas as horas; aos meus Mestres Conselheiros Regionais Roberto Biff, Felipe Beleza, Marcos Krahl e Victor Frandoloso, e Mestre Conselheiro Estadual Adjunto Álvaro Casarotto pelo esforço compartilhado; ao Irmão Secretário Estadual Anderson Bruschi com o qual aprendi que sempre teremos novas oportunidades para contribuir com a Ordem e com a sociedade; aos meus indicados Vinícius Faqueti e Leandro “Índio” da Silva que sempre me apoiaram, mesmo que fosse apenas com uma palavra para aliviar um momento de tensão; ao Irmão Orador Estadual Guilherme Doin que me provou que também crê que a Ordem está muito acima de discordâncias de opinião; a toda a Comissão Organizadora do I CONAMESCO-SC; ao Tio PGME Anselmo Jevaux eterno companheiro de batalhas, sem o qual muito do que realizamos não teria sido possível; a cada um dos DeMolays e Tios de Santa Catarina e do Brasil que estiveram do nosso lado; e por fim, a todos os poucos que nos criaram empecilhos e obstáculos, pois são nas adversidades que mais aprendemos a viver de maneira digna aos olhos de todos os homens de bem.


13) Este espaço é sempre igual em todas as nossas Entrevistas, deixamos livre para que o entrevistado deixe uma mensagem final a todos os DeMolays, tios Maçons, Tias, Filhas de Jô, enfim para todos os leitores do BLOG DO OMAR.

R – Agradeço a todos que tiveram a paciência necessária para chegar a esta parte da entrevista. Sou muito grato também ao Irmão Omar Rogério por esta oportunidade, por seu indispensável trabalho pela Ordem DeMolay, e por todo o apoio que me disponibilizou desde que nos conhecemos.
Por fim, peço a todos os Irmãos que procurem viver a luz dos ensinamentos DeMolay com sabedoria. Não tratem a Ordem simplesmente como um clube social onde se encontram os amigos, ou somente como uma entidade filantrópica. Nossa organização é muito maior que isso, é uma verdadeira ferramenta de mudança, que através do aprimoramento do caráter dos jovens e da formação de líderes pode transformar a realidade de nossa sociedade, mas obviamente que temos ainda várias mudanças estruturais pelas quais lutar.
Não podemos deixar que os vícios do mundo profano contaminem nossa Ordem. A tolerância que nos é ensinada nos graus que galgamos não pode ser desmedida, tolerância deve ter limites. Senão corremos o risco de nos curvar perante a comodidade do “deixe estar”.
Trabalhem para que a Ordem DeMolay opere como a potência que é, e lutem sempre pelo que é correto, pois desta forma com toda a certeza teremos “DIAS MELHORES PRA SEMPRE”!